A fonte de alimentação é um elemento essencial em qualquer computador. É este componente que é responsável pelo fornecimento de energia a todos os outros componentes de um computador e, portanto, não deve ser escolhido aleatoriamente.
No entanto, a grande quantidade de fontes de alimentação disponíveis no mercado pode complicar o processo de escolha. Neste artigo vamos explicar as principais diferenças entre as fontes de alimentação e como escolher a fonte de alimentação ideal.
Mas antes disso…
Como funcionam as fontes de alimentação?
Sem entrar em demasiados detalhes técnicos, as fontes de alimentação funcionam ao transformar a energia da rede elétrica em energia utilizável pelos componentes do computador.
A fonte de alimentação transforma a corrente alternada (AC) em corrente contínua (DC), adaptando também a voltagem à exigida pelo sistema.
Esta função de fornecimento de energia torna a fonte de alimentação num dos componentes mais importantes de um computador. Caso a fonte de alimentação não funcione, o resto dos componentes também não vai funcionar — e é também por isso que se deve optar por marcas de confiança e não pela fonte mais barata.
Tipos de fonte de alimentação
Ainda que a sua função seja invariavelmente a mesma, existem tipos distintos de fonte de alimentação. Os dois tipos principais são ATX e SFX e distinguem-se principalmente pela dimensão da fonte.
As fontes ATX são as maiores, e as que se costumam encontrar na maior parte dos computadores. Já as fontes SFX são ideais para computadores mais pequenos, como os Mini-ITX.
Mas mesmo dentro das fontes ATX e SFX podem existir diferenças relativas ao tipo de cabos utilizados. As fontes podem ser…
Não-modulares
As fontes de alimentação não-modulares são as mais habituais. Estas fontes vêm com todos os cabos disponíveis já instalados e é apenas necessário ligá-los aos componentes.
O lado positivo destas fontes é que não é necessário qualquer trabalho adicional de montagem. O problema é que estas fontes dificultam a gestão de cabos, e fazem com que deixar a configuração com um visual apelativo seja mais complicado.
Semi-modulares
As fontes semi-modulares vêm apenas com os cabos essenciais já instalados. Caso sejam necessários mais cabos do que os do processador, motherboard e placa gráfica, o utilizador terá de instalá-los na fonte de alimentação e posteriormente no componente.
Modulares
Já as fontes modulares ignoram os cabos necessários e deixam a gestão de cabos totalmente a cargo do utilizador. A grande vantagem destas fontes é que permitem utilizar estritamente os cabos necessários e desse modo dar um melhor visual à configuração.
A potência
Mas antes de pensar no tamanho e no tipo de cabos, é necessário pensar na potência da fonte de alimentação.
A fonte tem de ser capaz de fornecer energia suficiente para alimentar os componentes do sistema. Como seria de esperar, a quantidade de energia necessária varia consoante os componentes instalados — um sistema com componentes de topo em princípio necessitará de mais energia do que um com componentes de gama média.
Calcular a potência necessária para alimentar o sistema não é complicado. Os fabricantes anunciam a energia necessária para alimentar cada componente e basta fazer o somatório. Em alternativa, pode usar-se uma das muitas calculadoras online disponíveis para o efeito.
No que diz respeito à potência, convém sempre ter a mais do que a menos. Pode ser necessária potência extra em momentos de carga intensiva do sistema, e potência insuficiente pode dar grandes dores de cabeça — ninguém gosta quando um computador se desliga a meio de um trabalho ou de um jogo.
Uma questão de eficiência
Depois de resolvida a questão da potência, é também necessário pensar na eficiência da fonte. Não é exatamente necessário ter uma fonte extremamente eficiente, no entanto, fontes eficientes minimizam o desperdício de energia, o que implica uma poupança na conta da luz.
Felizmente, existe uma maneira simples de descobrir quão eficiente é uma determinada fonte…
A certificação 80 Plus
A certificação 80 Plus determina o nível de eficiência das fontes de alimentação. De um modo simples, num computador imaginário que necessite de 100 watts de energia, uma fonte com 80% de eficiência vai buscar 125 watts à rede elétrica. Quanto mais eficiente a fonte, menos energia é desperdiçada.
Existem vários níveis de certificação 80 Plus, que variam consoante a eficiência de uma determinada fonte.
- 80 Plus Bronze — A fonte de alimentação tem um mínimo de 82% de eficiência a uma carga de 20 ou de 100%.
- 80 Plus Silver — Um mínimo de 85% de eficiência a 20 ou a 100% de carga.
- 80 Plus Gold — Um mínimo de 87% de eficiência a 20 ou a 100% de carga.
- 80 Plus Platinum — A fonte tem um mínimo de 90% de eficiência a 20 ou a 100% de carga.
Por isso, caso a fonte de alimentação tenha este tipo de certificado, já se sabe que em princípio será mais eficiente do que uma que não o tenha.
Qual a melhor fonte de alimentação para mim?
Uma vez considerados todos os fatores mencionados, torna-se mais fácil decidir qual a fonte de alimentação apropriada para uma determinada configuração. Antes de tudo, é necessário escolher uma fonte de alimentação com potência suficiente e que caiba na caixa do computador.
Depois, é uma questão de gosto — e de orçamento. As fontes modulares oferecem uma maior personalização da configuração, mas por norma são mais caras. O mesmo acontece nas fontes com efeitos RGB.
Ao final do dia, o importante é escolher uma fonte de alimentação com uma boa relação qualidade/preço e que seja compatível com todos os componentes da configuração.
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